Casos de Sarampo em Portugal, e agora?

Casos de Sarampo em Portugal, e agora?

Vamos perceber mais sobre o Sarampo!

O sarampo é uma infeção vírica, sendo conhecida e caraterizada por apresentar, como sinais e sintomas, febre, tosse, conjuntivite, corrimento nasal e manchas vermelhas na pele (exantema). [1]  

A transmissão deste vírus é realizada por contacto direto com gotículas infeciosas ou por propagação no ar, quando a pessoa infetada tosse ou espirra.

Um doente com sarampo pode infetar alguém antes de saber que está infetado por esse vírus, uma vez que pode transmiti-lo desde 5 dias antes do aparecimento dos primeiros sinais e sintomas, até 4 dias após o desaparecimento da exantema.

Habitualmente a doença é benigna, mas, em alguns casos, pode ser grave ou levar à morte.

 

Quais os sinais e sintomas mais comuns do Sarampo? E como surgem?

Após uma exposição e infeção pelo vírus do Sarampo, inicia-se a incubação deste num período habitual de 8 a 12 dias.

Após este período de incubação, surgem, numa fase inicial, alguns sintomas, como a febre e uma sensação de mal-estar, seguido de corrimento nasal, conjuntivite e tosse.

A estes sintomas segue-se, por vezes, o aparecimento manchas de Koplik, isto é, pontos brancos no interior da bochecha, 1 a 2 dias antes do aparecimento do exantema, o sinal mais comum e conhecido desta infeção.

A erupção cutânea (exantema) descreve-se como o aparecimento de manchas, inicialmente na face, que vão progredindo para o tronco e membros. Acompanhando este sinal, surgem febres mais altas e um cansaço extremo físico e psíquico. [1] [2]

 

Como se trata a infeção?

Não existe medicação específica para ã infeção do vírus do sarampo, portanto a intervenção nesta infeção centra-se no alívio ou tratamento dos sintomas, quando necessário.

As recomendações não farmacológicas passam pelo repouso e pelo reforço hídrico, o que significa ingerir bastante água ou chá. Também podem ser prescritos medicamentos para controlo de sintomas como o paracetamol ou, em alguns casos, antibióticos para tratar complicações que surjam da infeção, como pneumonia ou otite. [2]

O importante em casos de sarampo é respeitar a etiqueta respiratória, atender às medidas de higienização das mãos e manter o isolamento social.

 

A melhor forma de controlar infeções é a PREVENÇÃO!

 

Então, como prevenimos o Sarampo?

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção de infeções e a infeção do vírus do sarampo não é exceção à regra.

Portugal, no Plano Nacional de Vacinação preconiza:

Em crianças, a administração de 2 doses: a primeira aos 12 meses de idade e a segunda aos 5 anos;

E nos adultos o esquema é diferente para quem nasceu antes e no ano de 1970 e para quem nasceu depois.

Para quem nasceu no ano de 1970, ou antes, não é necessária vacinação uma vez que segundo o Inquérito Serológico Nacional 2015/2016, cerca de 99% da população nascida antes de 1970 encontra-se imunizada contra o sarampo por ter tido a doença. [2]

Para quem nasceu depois, e tem mais de 18 anos, é aconselhada uma dose da vacina.

Não sabe se está imunizado contra o sarampo? Visite o seu portal SNS 24 e lá encontrará a sua informação vacinal ou visite o seu enfermeiro de família.

 

Referências:

1 - Moss, W. J., & Griffin, D. E. (2012). Measles. Lancet (London, England), 379(9811), 153–164. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(10)62352-5

2 - Moss W. J. (2017). Measles. Lancet (London, England), 390(10111), 2490–2502. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(17)31463-0

3 - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Inquérito Serológico Nacional 2015-2016: Doenças Evitáveis por Vacinação. Lisboa: INSA IP; 2017

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